Desvendando Deepfakes: Como Identificar a Falsidade nas Imagens

Em um mundo digital repleto de informações, distinguir o real do falso tornou-se uma tarefa cada vez mais desafiadora. As deepfakes, vídeos criados por algoritmos de inteligência artificial que mimetizam pessoas reais, estão no centro dessa revolução.

Sidney Hamada

4/16/20242 min ler

Imagem de um cérebro estilo futurista na cor azul, dentro de uma bola de vidro
Imagem de um cérebro estilo futurista na cor azul, dentro de uma bola de vidro

Em um mundo digital repleto de informações, distinguir o real do falso tornou-se uma tarefa cada vez mais desafiadora. As deepfakes, vídeos criados por algoritmos de inteligência artificial que mimetizam pessoas reais, estão no centro dessa revolução. Compartilho algumas estratégias para identificar essas falsificações e proteger-se contra a disseminação de informações enganosas.

1. Observando os Detalhes Faciais

A troca de rostos é uma das técnicas mais comuns em deepfakes. Ao analisar uma imagem ou vídeo, concentre-se nas bordas da face. O tom da pele deve ser consistente com o restante da cabeça ou corpo. Observe se as bordas do rosto estão nítidas ou borradas. Além disso, verifique os movimentos dos lábios: eles correspondem perfeitamente ao áudio? Os dentes parecem naturais ou estão distorcidos? A falta de contornos individuais nos dentes pode ser um indício de manipulação.

2. Contexto Importa

Às vezes, o contexto é a chave para detectar deepfakes. Pergunte-se: o que estou vendo faz sentido? Se uma figura pública aparece fazendo algo exagerado, irrealista ou fora de propósito, desconfie. Por exemplo, uma foto do papa usando um casacão fofo de luxo pode ser uma falsificação. Verifique se há outras fontes legítimas que confirmem a autenticidade da imagem.

3. IA Contra IA

Uma abordagem interessante é usar a inteligência artificial para combater deepfakes. A Intel desenvolveu o FakeCatcher, um detector de deepfakes em tempo real. Essa tecnologia pode detectar vídeos falsos com uma taxa de precisão de 96%, retornando resultados em milissegundos. O detector, projetado em colaboração com Umur Ciftci da State University of New York at Binghamton, utiliza hardware e software da Intel, executando em um servidor e interagindo por meio de uma plataforma baseada na web. O FakeCatcher busca pistas autênticas em vídeos reais, avaliando o que nos torna humanos: o sutil “fluxo sanguíneo” nos pixels de um vídeo. Quando nossos corações bombeiam sangue, nossas veias mudam de cor. Esses sinais de fluxo sanguíneo são coletados de todo o rosto, e algoritmos traduzem esses sinais em mapas espaço-temporais. Em seguida, usando aprendizado profundo, ele pode detectar instantaneamente se um vídeo é real ou falso.

As deepfakes são uma realidade, mas com vigilância constante e conhecimento, podemos nos proteger contra essa ameaça crescente. Compreender as nuances dessas tecnologias é crucial para promover a integridade da informação em nossa comunidade digital.