Planejar é Fácil, Executar é o Desafio
Planejar bem não garante resultados. Sem priorização e execução eficaz, até as melhores ideias ficam no papel.
Sidney Hamada
11/26/20242 min ler


Recentemente, li uma reportagem no site Exame que exemplifica perfeitamente como o planejamento sem uma execução eficaz pode gerar grandes problemas. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), cerca de 40% das obras financiadas por emendas parlamentares estão paradas ou sequer iniciadas. Apesar de haver planejamento e recursos alocados, a execução falhou devido à falta de capacidade técnica das organizações responsáveis.
Esse caso é um lembrete claro: não basta planejar bem, é preciso priorizar e garantir que o que está no papel possa ser executado de forma viável.
1. O Problema da Execução Sem Foco
Um dos maiores erros que vejo é a tentativa de fazer tudo ao mesmo tempo. Isso gera dispersão de recursos, sobrecarga das equipes e, no final, nada sai como esperado.
No caso das obras mencionadas, a CGU destacou que a incapacidade técnica das ONGs levou à paralisação de projetos, mesmo com prazos e recursos disponíveis. Isso reflete algo que acontece em muitas empresas: há um planejamento robusto, mas sem foco e priorização, a execução fracassa.
2. Como Priorizar Ações no Planejamento Estratégico
Planejar é só o começo. Para executar com eficiência, é essencial saber o que deve ser feito primeiro. Aqui estão três passos que sempre recomendo:
Avalie o impacto: Quais ações terão o maior impacto nos resultados? Priorize essas.
Considere a urgência: O que precisa ser feito agora para evitar atrasos ou prejuízos futuros?
Classifique as ações:
a) Alta prioridade: críticas e urgentes.
b) Média prioridade: importantes, mas que podem esperar.
c) Baixa prioridade: complementares ou que podem ser adiadas.
3. Avaliação Realista de Recursos
Outro ponto crucial é avaliar se a equipe e os recursos disponíveis são suficientes para realizar o que foi planejado.
Sua equipe tem as habilidades necessárias?
O orçamento cobre as demandas?
O cronograma é viável?
A CGU, no mesmo relatório, apontou que as ONGs contratadas para muitas dessas obras não tinham capacidade técnica para cumprir os contratos, o que reforça a importância de alinhar planejamento com capacidade real.
4. Ajuste Contínuo Durante a Execução
Mesmo com um planejamento sólido, imprevistos acontecem. Por isso, a execução precisa ser monitorada de perto para que ajustes sejam feitos sempre que necessário. Não ter flexibilidade para corrigir erros pode comprometer todo o plano.
Ferramentas como Trello, Asana e Monday.com podem ajudar no acompanhamento das etapas e garantir que as prioridades sejam respeitadas.
Conclusão
Planejar é essencial, mas a execução eficaz depende de priorização e uma análise realista do que é possível fazer. O caso das obras paradas nos mostra como a falta de priorização e preparo pode levar ao desperdício de recursos e à frustração de expectativas.
Seja no governo, nas empresas ou na sua própria rotina, lembre-se: não é porque está planejado que vamos conseguir executar.